domingo, 29 de novembro de 2015

Carta aberta ao senhor primeiro-ministro António Costa



Senhor primeiro ministro,

Não tenho filiação partidária e não votei em nenhum dos partidos que elegeram deputados.

Infelizmente, o Partido Socialista voltou ao poder. Infelizmente, sim, porque nem toda a gente tem memória curta e sempre que o Partido Socialista esteve no poder, o país ficou mais pobre, mais endividado, no pântano e na bancarrota. Basta olhar para os governos do PS, nestas últimas décadas.

O senhor e o seu governo não irão fazer melhor. A incompetência é idêntica à do governo anterior. Prometer é muito fácil, mas cumprir é muito difícil. O povo diz que não se podem fazer omeletes sem ovos. Por outro lado, o senhor António Costa não garante qualquer confiança, contrariamente ao que prometeu. Não lhe reconheço autoridade, honestidade nem credibilidade. Usurpou o lugar ao seu antecessor na liderança do partido, prometeu que iria fazer melhor, mas aconteceu precisamente o contrário. O senhor perdeu as eleições e não tem qualquer autoridade nem legitimidade para ocupar esse lugar. Só manifesta uma enorme ganância pelo poder. Segundo as mais básicas regras da democracia quem ganha as eleições é que tem o direito de governar.

Este governo é a imagem da desgraça e da ruína – é negatividade total e absoluta. As bases são uma coligação negativa engendrada à revelia do povo para reclamar vitória, ilegitimamente. Nenhum professor dá aprovação a três alunos cábulas que somam as negativas que tiraram nos testes para reclamarem uma nota positiva mais alta do que aqueles que tiraram nove e meio ou dez. Esta espécie de coligação feita à pressa é uma traição à vontade soberana do povo, expressa no dia das eleições.

Para ser mais claro na minha argumentação, os governos do PS são a imagem perfeita do estado islâmico e o seu governo não foge à regra. Eu explico esta metáfora que não tem qualquer conotação religiosa, política ou ideológica porque a morte e a vida não são de esquerda nem de direita: o estado islâmico mata com armas. O PS, no poder, aprovou a lei da morte, ao mais alto nível como uma lei fundamental da República, oficializou-a, legalizou-a e decretou o seu financiamento gratuito. O senhor prometeu, em campanha, revogar a recente taxa moderadora do aborto e os “seus” deputados não perderam tempo a fazê-lo. É preciso realçar que a sua prioridade fundamental e do seu governo foi, precisamente, manter, reforçar e reafirmar a lei da morte no país. Tal como o estado islâmico, a lei da morte em vigor em Portugal, tira a vida a pessoas inocentes ou a futuras pessoas, de forma gratuita, cujo crime é, simplesmente, estarem vivas. O estado islâmico mata sem justificação, pratica actos de verdadeiro genocídio, a lei da morte faz precisamente o mesmo. Tal como o estado islâmico o seu governo mata em nome da liberdade. O senhor tem feito acusações de radicalismo mas quem legaliza e financia a morte antes do nascimento, num país inteiro, comete o maior acto de radicalismo porque não dá a mais pequena hipótese de a outra parte se defender.

Com os índices de natalidade tão baixos em Portugal, o que é que o seu governo vai fazer? Vai continuar a entregar as melhores empresas portuguesas aos chineses e a outros capitalistas estrangeiros enquanto os portugueses, cada vez mais pobres e mais velhos, morrem e os jovens (poucos) emigram porque tudo morre em Portugal? Vai recuperar a indústria da construção civil reabilitando os prédios antigos, em ruínas, só para dar emprego aos pedreiros, para depois ficarem às moscas? Como pode prometer crescimento económico se as empresas morrem porque não têm clientes (morrem antes de nascer) e decresce a receita do IRC e IRS? Como é que um governo pode incentivar o aumento da natalidade se aposta na lei da morte? Como pode prometer aumento do rendimento das famílias se a primeira coisa que fez quando tomou conta da quinta foi decretar a destruição das sementeiras? Que colheitas pode esperar um agricultor se os seus campos ficarem estéreis e as árvores não produzirem frutos porque a ordem principal é para abortar? Qualquer pessoa sensata, mesmo analfabeta, sabe que só cuidando da sementeira, arrancando as ervas daninhas, protegendo-a dos predadores, poderá ter uma colheita próspera, farta e abundante. Só a abundância permite que haja alimento para as pessoas e para os animais. Nos campos estéreis e abandonados nem os pássaros encontram alimento, não fazem os seus ninhos e a natureza fica ainda mais pobre. É a imagem deste país.

Só um louco, ingénuo e ignorante pode prometer que resolve todos os problemas do país, que aumenta o rendimento das famílias, que cria mais emprego, etc. O senhor António Costa vive completamente fora da realidade, num mundo virtual. Ninguém pode prometer desenvolvimento e prosperidade partindo do princípio de que as árvores produzem frutos antes de serem plantadas, dando prioridade ao consumo (se o país consumir muita fruta as árvores são “obrigadas” a produzir?), que as fábricas darão lucro antes de serem construídas (mesmo que venham a produzir, poderão não vender nada se houver uma forte concorrência). A prosperidade não se cria por decreto aprovado pela “sua” maioria ilegítima. O mesmo acontece com a austeridade.

O seu pensamento é verdadeiramente solipsista, encerrado em preconceitos enquistados, como múmias do passado, que considera o povo atrasado e as mulheres como escravas irresponsáveis que só se libertam pelo aborto, que ignora a realidade moderna, dinâmica e exigente quanto aos valores da vida e da natureza. É preciso que alguém se preocupe em pôr todos os dias a comida sobre a mesa, em dar incentivos à vida, em desenvolver a cultura, o conhecimento, a arte, a solidariedade e a harmonia social em vez de tentar resolver traumas sexistas e sexuais.

As leis são universais e por isso a lei da morte estende-se de norte a sul e ilhas. Qualquer mulher tem as portas abertas pelo governo para dar a morte a seres humanos que seriam o futuro do país. Por outro lado, as maternidades fecham as portas enquanto as clínicas de aborto se multiplicam e prosperam. O seu governo vai gastar grande parte dos recursos do país a financiar a morte das gerações futuras enquanto falta financiamento para que as pessoas, em geral, tenham o seu médico de família na área da sua residência, curem as suas doenças, façam operações médicas inadiáveis e outros tratamentos continuados para melhorar a sua qualidade de vida e possam desempenhar bem o seu trabalho se não estiverem desempregadas. Com a lei da morte, o senhor e o seu governo condenaram à morte as gerações futuras e apressaram a morte das gerações do presente. Se o senhor governa a sua casa como prometeu e começou a governar o país, facilitando a lei da morte, só posso concluir que as gerações futuras da sua família estarão seriamente hipotecadas.

Senhor António Costa, não auguro nada de bom para o país, do seu governo. Vou estar atento e irei exigir que assuma todas as responsabilidades, tal como prometeu, porque não se brinca à política com as pessoas e com o país inteiro. Um governo que apoia e financia a morte só pode esperar que o país se transforme num enorme cemitério. Não vale a pena ter tanta gente no governo a não ser que desempenhem a função de coveiros.

29 de Novembro de 2015.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ilegitimidade da coligação pós-eleitoral (2).



(Carta enviada em 8 de Novembro de 2015.)
Exmo. Senhor, Presidente da República

Assunto: Ilegitimidade da coligação pós-eleitoral (2).

António de Jesus Oliveira, (==) pretende, mais uma vez, manifestar e reforçar o carácter ilegítimo da coligação que está a ser formada pelos partidos PS, CDU e BE:
1. A verdadeira democracia é aquela em que o povo manifesta, por maioria de votos, a sua vontade, de forma soberana. O governo deve ser formado pelo partido ou coligação que ganhou nas urnas.
2. Uma coligação formada por partidos vencidos nas urnas é como um aluno cábula que só tirou negativas nos testes durante o ano, mas reclama junto do professor, aprovação, fazendo a soma das negativas em vez de fazer a média.
3. Esta coligação (PS, CDU e BE) é a imagem de uma falsa democracia porque é a soma das “negativas” e os “alunos fizeram testes individualmente e não em grupo” quando se apresentaram nas urnas.
4. Esta coligação não reflecte a maioria, mas sim várias minorias individuais.
5. As ideologias dos partidos que pretende formar esta coligação são, de facto, a imagem de alunos cábulas que já deram provas de grande incompetência na política portuguesa como além fronteiras, onde, de uma forma geral conduzem os países à bancarrota, ao pântano e à insolvência de empresas e de estados.
Em conclusão, apelo ao senhor presidente da República e aos restantes órgãos de soberania que não permitam este golpe infame contra a vontade do povo e apelo aos partidos envolvidos que arrepiem caminho num passo de enorme responsabilidade para o futuro do país.
Granja do Ulmeiro, 8 de Novembro de 2015
António de Jesus Oliveira

PS: Uma cópia desta carta vai ser também enviada para:
Presidente do Tribunal Constitucional
Presidente do Partido Social Democrata
Secretário-geral do Partido Socialista
Presidente da Assembleia da República
Secretário-geral da CDU
Coordenadora do BE

A ditadura da incompetência

A coligação da turma dos cábulas
Há certos políticos completamente irresponsáveis e incompetentes que não se preocupam com a resolução dos problemas, a tempo e horas, como acontece com a urgência das tarefas da vida quotidiana que a natureza nos impõe como a colheita azeitona, nesta época do ano, que corre o risco de se perder se não for apanhada a tempo. Esses políticos valorizam mais os seus interesses pessoais e não se importam que as coisas corram mal, num “deixa andar ou deixa correr”.
Alguns políticos portam-se como certos alunos cábulas e indisciplinados que chumbam mas se servem de manobras pouco claras para querer passar.
Foi o caso das eleições de quatro de Outubro em que um grupo de alunos estudou minimamente e conseguiu 9,5 – Suficiente menos – que dá para passar com 10. Um outro grupo da mesma turma chumbou com 7 – Insuficiente. Outros, mais irreverentes e indisciplinados também chumbaram com notas de 4 e 3 – Muito insuficiente.
Ora, mais de metade da turma chumbou – foi uma razia – e o professor nem sequer aceitou o teste de muitos alunos, que mal conhecia, que tiveram nota muito fraca porque raramente compareceram às aulas.
Os alunos que tiraram 7, 4 e 3 discutiram as notas com o professor, protestaram e reclamaram, dizendo que se somassem as suas notas negativas teriam um 14 – um Bom, uma classificação muito superior ao grupo que tinha passado à tangente. O professor não aceitou a reclamação e declarou que ia passar o diploma aos que tinham sido aprovados.
Os políticos mais irresponsáveis e incompetentes são, normalmente, a imagem dos alunos que perturbam as aulas de forma persistente, não estão com atenção, não colaboram nas actividades, não se empenham, não estudam e não deixam que os outros estudem. Há quem faça na vida privada e tente fazer na vida pública o mesmo que fazia na escola onde desestabilizava o mais que podia o ambiente e a tranquilidade das aulas como os alunos que passam o tempo na conversa, atiram papéis, canetas e a borracha e outros objectos pelo ar e faltam ao respeito aos professores e aos colegas.
Alunos assim, não adquirem os conhecimentos indispensáveis ou adquirem-nos com muita dificuldade e raramente atingem os objectivos mínimos ou suficientes para o desempenho de actividades práticas de alguma responsabilidade. Não têm capacidade de liderança mas não aceitam situações de subordinação e de insucesso. Ao quererem competir com os melhores recorrem, frequentemente, à fraude e à corrupção.