segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O desespero socialista



Temos assistido às mais absurdas, disparatadas e incríveis atitudes e declarações de certos políticos, auto proclamados democratas, que dominaram o poder político em Portugal nas últimas décadas e que deixaram o país na bancarrota e o povo na miséria. As atitudes de Mário Soares e de todos os militantes socialistas que se lhe têm associado na manipulação da opinião pública, a propósito da prisão de um ex-primeiro ministro, fortemente indiciado de graves crimes contra o Estado, não são de gente séria, honesta e defensora do estado de direito e do respeito pela independência e separação dos poderes do Estado: o poder judicial, o poder legislativo e o poder executivo. Várias afirmações destes dirigentes e ex-dirigentes políticos, que perturbam e querem interferir no poder judicial, são próprias de grandes ditadores e de quem faz da confusão arruaceira uma forma de enganar o povo e manipular a opinião pública.

Toda a gente tem o direito de ter a sua opinião acerca da inocência ou não do ex-primeiro ministro, mas toda a gente deve respeitar os prazos, o funcionamento e as regras da justiça na realização do seu trabalho.

Se o partido socialista defende a democracia e a igualdade também deve defender que ninguém está acima da lei e se um dos seus militantes cometeu graves crimes, deve ser julgado e castigado, sem qualquer tratamento de favor ou privilégio. Querer manipular a opinião pública e substituir-se aos tribunais é sinal de que estas pessoas não têm a consciência tranquila e temem que a justiça os possa culpabilizar nos mesmos ou noutros crimes. É evidente que todos aqueles que trabalharam e colaboraram com um alegado criminoso, se declaram seus amigos e o consideram inocente serão considerados altamente suspeitos, se ele for, efectivamente, condenado por graves crimes.

O partido socialista, muitos ex e actuais dirigentes têm desenvolvido inúmeras manobras e estratégias para manipular a opinião pública afirmando a sua inocência, mostrando solidariedade, organizando manifestações de rua, criticando a acção da justiça, negando a prática de quaisquer crimes ou a impossibilidade de recolher provas, mas, actualmente, também se têm levantado algumas vozes que negam o holocausto nazi, que os crimes do regime nazi, do nacional-socialismo, nunca existiram e, no entanto, milhões de pessoas foram assassinadas nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial.
Não admira, por isso, que todo o partido socialista sinta um enorme desconforto e um grande desespero com todo este processo judicial contra um dos seus chefes que esteve no comando da política portuguesa, em anos recentes.