sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A revolução está em marcha



Crise, recessão e investimento negativo: a destruição total

A palavra recessão deriva do latim recedere que significa andar para trás ou afastar-se. Na linguagem da economia significa a diminuição da actividade económica. Recessão e recessivo são termos quase sinónimos. Recessivo significa, em Biologia, o gene que não se manifesta na transmissão hereditária, sendo o gene dominante aquele que transmite ao novo ser as características herdadas dos progenitores. Ora, na economia portuguesa a recessão é dominante mas recessiva, em termos genéticos, e verifica-se em vários aspectos da vida do país. As razões deste retrocesso estão mais do que identificadas. A recessão é o resultado da incompetência, da ignorância, de leis erradas e anti-naturais e da acção dos abutres económicos que destroem o país para o devorarem sem obstáculos.

Não se compreende como, no início do séc. XXI, grande parte do mundo esteja a andar para trás, tendo ao seu dispor meios técnicos e científicos capazes de resolver os principais problemas da humanidade: a fome, a doença, etc.

A recessão é o resultado de um conjunto de investimentos negativos e destrutivos do património, da actividade produtiva e das próprias pessoas.

Se já foram tomadas medidas para combater a crise e a recessão, porque é que a austeridade aumenta de dia para dia? Porque é que essas medidas não resultaram? Porque é que há cada vez mais cortes nos vencimentos, nas pensões, etc.? Porque é que há cada vez mais falências? Se já há sinais positivos na economia e no emprego, segundo o governo, porque é que nos cortam mais no ordenado?

A resposta é simples: o país está refém do gene recessivo, do investimento negativo e da acção dos abutres económicos.

Em vez de investimento e crescimento nós temos a política da morte e da destruição. Vamos ver alguns exemplos:

1 – O dinheiro que o governo dá todos os anos para o combate aos incêndios é um investimento negativo. Toda a gente sabe que 99% dos incêndios são de origem criminosa. Não acredito que o governo não tenha capacidade para acabar com esta destruição que se repete todos os anos. Um governo existe para gerir dinheiro das cinzas ou para governar a vida e o verde? Que mérito tem um governo que disponibiliza dinheiro para que não haja cinza mas não tem sucesso nenhum? Toda a gente sabe que os bombeiros existem para acudir a um sinistro ocasional e o ideal seria receberem o ordenado todos os meses sem terem de trabalhar.

A quem interessa a época dos incêndios? Quem ganha com eles? Se há investimento em incêndios isso não significa que irão, de facto, aparecer? A grande quantidade de dinheiro e os excelentes meios de combate aos incêndios deixa o país, aparentemente, tranquilo. Uma falsa tranquilidade porque é um investimento negativo. Com os meios técnicos de investigação e de vigilância que existem hoje, o governo e a polícia poderiam, se quisessem, acabar com esta enorme calamidade que põe na miséria os mais miseráveis que, depois, poucas ou nenhumas ajudas e compensações recebem. Há, com toda a certeza, abutres nacionais e/ou estrangeiros que se aproveitam da desgraça alheia para enriquecer. Morrem bombeiros, ardem casas e veículos, zonas de floresta protegida, pomares e outras culturas que são o sustento dos mais desfavorecidos e o governo nada faz para acabar com isto, fazendo passar a ideia de que tudo isto é normal ou uma inevitabilidade. Mas isto não é normal nem é uma inevitabilidade. As florestas não ardem só porque há calor ou não estão limpas, tem que haver alguém a deitar-lhes o fogo. O governo manda soldados e meios técnicos para controlar a pirataria na Somália e outras tropas em missões humanitárias para outros países mas deixa o país à mercê de uma pirataria muito mais perigosa que rouba e destrói o país, todos os anos, com incêndios incontroláveis e pavorosos. Quem responde por todos estas mortes e prejuízos? Para quê tantos conselhos para proteger o ambiente se todos os anos, no Verão, a natureza e a vida das pessoas fica em ruínas?

Que faz a União Europeia nesta matéria? Onde está a cooperação entre os estados membros para o desenvolvimento, o crescimento e a paz se o que se vê é só exploração dos países mais pobres pelos mais ricos nesta europa cada vez mais desigual? Onde estão os líderes da europa que só se preocupam com férias de luxo e deixam os pobres mais pobres com as suas casas e as árvores devoradas pelas chamas? Se vivemos num espaço comum europeu, se há uma Europol e outras polícias, o que têm feito para eliminar estes criminosos que lançam fogo às florestas, um pouco por toda a europa? Haverá alguém que não se sinta indignado e revoltado? Temos de acabar com esta destruição, rapidamente. É urgente! É imperioso!

2 – Outro investimento igualmente negativo relacionado com o anterior é o que se faz nos equipamentos de emergência médica para acudir a tão grande quantidade de sinistros que acontecem nas estradas portuguesas que levam dezenas de pessoas para a morte. Fecham-se hospitais e centros de saúde, muitas pessoas não têm médico de família nem assistência médica, mas o governo ilude o povo com modernas ambulâncias de emergência que nem sempre evitam as mortes nas estradas porque os automobilistas são obrigados a viajar em estradas alternativas, perigosas, para não pagar portagens e aos condutores falta uma verdadeira educação cívica rigorosa e exigente que é da responsabilidade do Estado. Este investimento negativo está associado a uma certa hipocrisia e falta de honestidade das normas e leis que nos impõem. A exigência e o rigor com que o Estado nos obriga a fazer inspecções periódicas aos veículos deveria ser directamente proporcional ao rigor e exigência que deveria ter para com a assistência médica de cada cidadão. Se o Estado tratasse os portugueses com dignidade e respeito, se se preocupasse com a sua saúde física e psíquica, se criasse condições para que vivessem tranquilos, não haveria tantos sinistros nas estradas a levar tantas pessoas para a morte.

3 – Outro investimento fortemente negativo é o que o Estado faz com a formação escolar de cada estudante desde a escola primária até à universidade. No fim do curso o governo convida ou “obriga” os portugueses a emigrar beneficiando os países que os recebem sem terem gasto um cêntimo na sua formação, e recebem aqueles que foram os melhores alunos, que não querem desistir e procuram outras paragens. Que futuro nos prepara este governo? Não estamos a assistir à destruição total do país? Quem pode tolerar esta ruína?

4 – A justiça portuguesa é outro grande investimento negativo. Todos os actores da justiça são relativamente bem remunerados, uma classe privilegiada de que se esperaria um exercício rigoroso e isento da sua actividade. Se a justiça funcionasse não estaríamos, provavelmente, sujeitos a tão grande austeridade que é a consequência de enormes fraudes que ficaram impunes. Por outro lado a leis já estão feitas para proteger os criminosos que por um simples erro formal são absolvidos depois de se provar, com toda a evidência, que foram os autores de crimes hediondos imperdoáveis. A justiça é tão ineficaz e desacreditada que nos faz pensar que se tornou numa enorme associação de criminosos e malfeitores. Quem pode esperar a luz do dia se o próprio sol se apagou? Quem pode julgar a justiça se a própria justiça se transformou em acção criminosa?

5 – O principal investimento negativo foi e é a aprovação da lei do aborto, que é a causa de todos os outros investimentos negativos referidos anteriormente. O aborto é a lei da morte que foi aprovada ao mais alto nível pelos poderes políticos instituídos em Portugal, apesar de a Constituição afirmar que todos têm direito à vida. É uma lei inconstitucional e antinatural e o resultado está à vista: o país está a morrer. O mesmo Estado que não tem dinheiro para pagar salários aos professores, aos médicos e a todos os outros funcionários, que não tem dinheiro para ter escolas, hospitais e outros serviços públicos a funcionar é o mesmo Estado que tem dinheiro para pagar a morte, o aborto, de muitos futuros cidadãos portugueses inocentes, que não cometeram crime nenhum, mas foram condenados à morte sem julgamento e sem culpa formada. Esta lei da morte está a verificar-se em todas as actividades humanas. Tudo está a fechar, tudo está em insolvência apesar de nos quererem mostrar o contrário. O próprio governo, a Assembleia da República e os tribunais são autênticos abortos de onde não sai nada de positivo que dê vida ao país. Basta ver que, por mais assessores, colaboradores, especialistas ou “boys” que o governo contrate, nenhuma melhoria se vê no país, pelo contrário: mais austeridade, mais despedimentos e mais cortes nas pensões e nos vencimentos, etc.

Há países que são destruídos pelas armas e pelas bombas, noutros há acusações de utilização de armas químicas para dizimar os cidadãos que não seguem a mesma política, em Portugal o governo destrói o país, matando os cidadãos que estão para nascer e impondo austeridade insuportável aos que ainda não morreram. Temos que acabar com este governo antes que ele acabe connosco. É urgente o despedimento colectivo de todo o governo e de toda a classe política. É urgente uma nova revolução. Preciso de trinta Salgueiro Maia e respectivos batalhões de tropas especializadas para derrubar este governo e criar uma nova Comunidade Europeia do Carvão e do Aço adequada aos tempos modernos. Temos que voltar às origens porque a europa degenerou, envelheceu e está a levar os seus membros para a morte. Temos que defender as pessoas desta tirania da incompetência, da exploração e da destruição.