quarta-feira, 27 de março de 2013

Sócrates: o mentiroso compulsivo



Um autista no grau mais elevado que se possa imaginar. Vive e sempre viveu na estratosfera. Irresponsável incorrigível. Viciado e fortemente inveterado na falsidade. Intolerante perante argumentos e factos que não lhe convêm. Afirmações gratuitas e ingénuas. Os outros é que são os culpados de tudo. Um ciclista de bicicleta de manutenção que se esforçou ao máximo para chegar à meta, mas só depois de ter perdido a corrida é que verificou que a bicicleta não tinha rodas. Depois acusa todo o mundo de ele próprio ter comprado uma bicicleta daquelas. As armas contra si são sempre ilegítimas, mas as mesmas contra os outros já são legítimas. Nunca reconhece erros próprios. Nunca errou e raramente se enganou. Quem o acusar de ter errado comete ataque pessoal e insulto.

Deve ser pura e simplesmente ignorado. É um ser completamente irrelevante, dispensável, ingénuo. Tem uma memória extremamente curta ou melhor, nem sequer tem memória. É um autêntico desmiolado. Ser sem consciência psicológica e /ou moral. Nunca reconhece a realidade. Vive sempre à deriva, governou sempre pela cabeça dos outros. O seu governo nunca tomou decisões erradas. A crise internacional é que foi culpada. Um autêntico espantalho, um cata-vento no governo. Nenhuma das suas decisões teve consequências negativas, aliás desconhece o que são consequências. A relação de causa efeito e impossível de ser comprovada no seu governo, mas quando se trata das atitudes dos outros já se pode verificar. Uma receita possível: pôr-lhe uma enxada nas mãos e obrigá-lo a sustentar-se com o esforço do seu trabalho, trabalho real e concreto.

Caso perdido, irremediável. Sem remissão possível. Sem perdão. Mas como quem não tem noção do mal que faz é inimputável, deveria ser internado num auspício para dementes.

Sócrates: o pecador arrependido?



Se Sócrates estudou Filosofia a sério, em Paris, a única razão admissível para ter decidido regressar tão depressa ao país, onde a maioria dos portugueses o desejariam ver atrás das grades, há muito tempo, só pode ser a de confessar todos os crimes, burlas, fraudes e favorecimentos ilícitos que cometeu durante a sua vida política desde que assumiu funções públicas em Portugal. Deve-lhe ter pesado, finalmente, a consciência. Prometeu progressismo, felicidade, cento e cinquenta mil empregos, e tudo o que de mais excelente se pode prometer na actualidade. Agora terá verificado que, afinal, meio país já emigrou, muitos estão no desemprego como num beco sem saída e outros recorrem ao suicídio. O país está a definhar, a morrer e a desfalecer tudo por culpa das suas políticas. José Sócrates não poderia continuar a sua vida de luxo e ostentação à custa de inúmeras vigarices, fraudes e ilegalidades enquanto os seus compatriotas morrem de fome, espoliados, oprimidos e sacrificados como os condenados às galés.

Provavelmente, hoje, José Sócrates poderá afirmar com conhecimento de causa que não recebe lições de moral de ninguém. Se estudou Filosofia a sério, em Paris, terá passado a pente fino todas as teorias morais elencadas nos mais famosos compêndios da especialidade. Um forte remorso ter-lhe-á pesado a consciência de tal modo que terá aceitado sem hesitações responder a todas as perguntas dos seus entrevistadores, gratuitamente, sem condições prévias, sem arranjinhos, sem limitações de assunto. Desta vez José Sócrates irá, finalmente, responder às vinte e sete questões que a Sra. Procuradora não teve tempo de lhe fazer em tempo útil, arrastando a investigação para que o crime prescrevesse.

Ainda para mais, a data é histórica e o tempo é favorável. Acabou de ser eleito um novo Papa que é o exemplo da simplicidade e estamos na semana Santa, a semana maior. Aproxima-se a comemoração da morte e Paixão de Cristo. Esta surpreendente decisão de regressar a Portugal, nesta data, não poderá estar relacionada nem com as futuras eleições autárquicas, nem com eleições presidenciais, nem com o reforço da oposição. Quem já conquistou o mundo, negociou com o diabo e enganou um país inteiro e quase toda a Europa não terá mais aspirações que justifiquem a luta pelo vil metal. Estaremos, logo à noite, perante o bom ladrão, que pregado na cruz dirige a palavra a Cristo e a Portugal moribundos? Resta saber se haverá coragem e capacidade para prometer que “Hoje estarás comigo no paraíso”.

Quem não aceitar esta imagem de bom ladrão, talvez aceite a outra do Zaqueu que subiu a um sicómoro e a partir dali prometeu devolver quatro vezes mais às suas vítimas.
As novas levas de emigrantes que enchem a capital francesa terão despertado este enorme remorso ao novo pecador arrependido que, do cimo do seu sicómoro de ostentação e de luxo, terá vislumbrado a miséria que ele próprio provocou ao seu país e ao seu povo. Esperemos para ver, hoje à noite.