Crise, recessão e investimento
negativo: a destruição total
A palavra recessão deriva do latim recedere que significa andar para trás
ou afastar-se. Na linguagem da economia significa a diminuição da actividade
económica. Recessão e recessivo são termos quase sinónimos. Recessivo
significa, em Biologia, o gene que não se manifesta na transmissão hereditária,
sendo o gene dominante aquele que transmite ao novo ser as características
herdadas dos progenitores. Ora, na economia portuguesa a recessão é dominante
mas recessiva, em termos genéticos, e verifica-se em vários aspectos da vida do
país. As razões deste retrocesso estão mais do que identificadas. A recessão é
o resultado da incompetência, da ignorância, de leis erradas e anti-naturais e da
acção dos abutres económicos que destroem o país para o devorarem sem
obstáculos.
Não se compreende como, no início do
séc. XXI, grande parte do mundo esteja a andar para trás, tendo ao seu dispor
meios técnicos e científicos capazes de resolver os principais problemas da
humanidade: a fome, a doença, etc.
A recessão é o resultado de um
conjunto de investimentos negativos e destrutivos do património, da actividade
produtiva e das próprias pessoas.
Se já foram tomadas medidas para
combater a crise e a recessão, porque é que a austeridade aumenta de dia para
dia? Porque é que essas medidas não resultaram? Porque é que há cada vez mais
cortes nos vencimentos, nas pensões, etc.? Porque é que há cada vez mais
falências? Se já há sinais positivos na economia e no emprego, segundo o
governo, porque é que nos cortam mais no ordenado?
A resposta é simples: o país está
refém do gene recessivo, do investimento negativo e da acção dos abutres
económicos.
Em vez de investimento e crescimento
nós temos a política da morte e da destruição. Vamos ver alguns exemplos:
1 – O dinheiro que o governo dá
todos os anos para o combate aos incêndios é um investimento negativo. Toda a
gente sabe que 99% dos incêndios são de origem criminosa. Não acredito que o
governo não tenha capacidade para acabar com esta destruição que se repete
todos os anos. Um governo existe para gerir dinheiro das cinzas ou para
governar a vida e o verde? Que mérito tem um governo que disponibiliza dinheiro
para que não haja cinza mas não tem sucesso nenhum? Toda a gente sabe que os
bombeiros existem para acudir a um sinistro ocasional e o ideal seria receberem
o ordenado todos os meses sem terem de trabalhar.
A quem interessa a época dos
incêndios? Quem ganha com eles? Se há investimento em incêndios isso não significa
que irão, de facto, aparecer? A grande quantidade de dinheiro e os excelentes
meios de combate aos incêndios deixa o país, aparentemente, tranquilo. Uma
falsa tranquilidade porque é um investimento negativo. Com os meios técnicos de
investigação e de vigilância que existem hoje, o governo e a polícia poderiam,
se quisessem, acabar com esta enorme calamidade que põe na miséria os mais
miseráveis que, depois, poucas ou nenhumas ajudas e compensações recebem. Há,
com toda a certeza, abutres nacionais e/ou estrangeiros que se aproveitam da
desgraça alheia para enriquecer. Morrem bombeiros, ardem casas e veículos,
zonas de floresta protegida, pomares e outras culturas que são o sustento dos
mais desfavorecidos e o governo nada faz para acabar com isto, fazendo passar a
ideia de que tudo isto é normal ou uma inevitabilidade. Mas isto não é normal
nem é uma inevitabilidade. As florestas não ardem só porque há calor ou não
estão limpas, tem que haver alguém a deitar-lhes o fogo. O governo manda
soldados e meios técnicos para controlar a pirataria na Somália e outras tropas
em missões humanitárias para outros países mas deixa o país à mercê de uma
pirataria muito mais perigosa que rouba e destrói o país, todos os anos, com
incêndios incontroláveis e pavorosos. Quem responde por todos estas mortes e
prejuízos? Para quê tantos conselhos para proteger o ambiente se todos os anos,
no Verão, a natureza e a vida das pessoas fica em ruínas?
Que faz a União Europeia nesta
matéria? Onde está a cooperação entre os estados membros para o desenvolvimento,
o crescimento e a paz se o que se vê é só exploração dos países mais pobres
pelos mais ricos nesta europa cada vez mais desigual? Onde estão os líderes da
europa que só se preocupam com férias de luxo e deixam os pobres mais pobres
com as suas casas e as árvores devoradas pelas chamas? Se vivemos num espaço
comum europeu, se há uma Europol e outras polícias, o que têm feito para
eliminar estes criminosos que lançam fogo às florestas, um pouco por toda a
europa? Haverá alguém que não se sinta indignado e revoltado? Temos de acabar com
esta destruição, rapidamente. É urgente! É imperioso!
2 – Outro investimento igualmente
negativo relacionado com o anterior é o que se faz nos equipamentos de
emergência médica para acudir a tão grande quantidade de sinistros que
acontecem nas estradas portuguesas que levam dezenas de pessoas para a morte.
Fecham-se hospitais e centros de saúde, muitas pessoas não têm médico de
família nem assistência médica, mas o governo ilude o povo com modernas
ambulâncias de emergência que nem sempre evitam as mortes nas estradas porque
os automobilistas são obrigados a viajar em estradas alternativas, perigosas,
para não pagar portagens e aos condutores falta uma verdadeira educação cívica
rigorosa e exigente que é da responsabilidade do Estado. Este investimento
negativo está associado a uma certa hipocrisia e falta de honestidade das normas
e leis que nos impõem. A exigência e o rigor com que o Estado nos obriga a
fazer inspecções periódicas aos veículos deveria ser directamente proporcional ao
rigor e exigência que deveria ter para com a assistência médica de cada
cidadão. Se o Estado tratasse os portugueses com dignidade e respeito, se se
preocupasse com a sua saúde física e psíquica, se criasse condições para que
vivessem tranquilos, não haveria tantos sinistros nas estradas a levar tantas
pessoas para a morte.
3 – Outro investimento fortemente
negativo é o que o Estado faz com a formação escolar de cada estudante desde a
escola primária até à universidade. No fim do curso o governo convida ou
“obriga” os portugueses a emigrar beneficiando os países que os recebem sem
terem gasto um cêntimo na sua formação, e recebem aqueles que foram os melhores
alunos, que não querem desistir e procuram outras paragens. Que futuro nos
prepara este governo? Não estamos a assistir à destruição total do país? Quem
pode tolerar esta ruína?
4 – A justiça portuguesa é outro
grande investimento negativo. Todos os actores da justiça são relativamente bem
remunerados, uma classe privilegiada de que se esperaria um exercício rigoroso e
isento da sua actividade. Se a justiça funcionasse não estaríamos,
provavelmente, sujeitos a tão grande austeridade que é a consequência de
enormes fraudes que ficaram impunes. Por outro lado a leis já estão feitas para
proteger os criminosos que por um simples erro formal são absolvidos depois de
se provar, com toda a evidência, que foram os autores de crimes hediondos
imperdoáveis. A justiça é tão ineficaz e desacreditada que nos faz pensar que
se tornou numa enorme associação de criminosos e malfeitores. Quem pode esperar
a luz do dia se o próprio sol se apagou? Quem pode julgar a justiça se a
própria justiça se transformou em acção criminosa?
5 – O principal investimento
negativo foi e é a aprovação da lei do aborto, que é a causa de todos os outros
investimentos negativos referidos anteriormente. O aborto é a lei da morte que
foi aprovada ao mais alto nível pelos poderes políticos instituídos em
Portugal, apesar de a Constituição afirmar que todos têm direito à vida. É uma
lei inconstitucional e antinatural e o resultado está à vista: o país está a
morrer. O mesmo Estado que não tem dinheiro para pagar salários aos
professores, aos médicos e a todos os outros funcionários, que não tem dinheiro
para ter escolas, hospitais e outros serviços públicos a funcionar é o mesmo
Estado que tem dinheiro para pagar a morte, o aborto, de muitos futuros
cidadãos portugueses inocentes, que não cometeram crime nenhum, mas foram
condenados à morte sem julgamento e sem culpa formada. Esta lei da morte está a
verificar-se em todas as actividades humanas. Tudo está a fechar, tudo está em
insolvência apesar de nos quererem mostrar o contrário. O próprio governo, a Assembleia
da República e os tribunais são autênticos abortos de onde não sai nada de
positivo que dê vida ao país. Basta ver que, por mais assessores,
colaboradores, especialistas ou “boys” que o governo contrate, nenhuma melhoria
se vê no país, pelo contrário: mais austeridade, mais despedimentos e mais
cortes nas pensões e nos vencimentos, etc.
Há países que são destruídos pelas
armas e pelas bombas, noutros há acusações de utilização de armas químicas para
dizimar os cidadãos que não seguem a mesma política, em Portugal o governo
destrói o país, matando os cidadãos que estão para nascer e impondo austeridade
insuportável aos que ainda não morreram. Temos que acabar com este governo
antes que ele acabe connosco. É urgente o despedimento colectivo de todo o
governo e de toda a classe política. É urgente uma nova revolução. Preciso de
trinta Salgueiro Maia e respectivos batalhões de tropas especializadas para
derrubar este governo e criar uma nova Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
adequada aos tempos modernos. Temos que voltar às origens porque a europa
degenerou, envelheceu e está a levar os seus membros para a morte. Temos que
defender as pessoas desta tirania da incompetência, da exploração e da destruição.