segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A tirania socialista

Há alguns anos, a luta política centrava-se no ataque a todas as formas da chamada exploração capitalista do patronato reaccionário, dos detentores dos monopólios, dos grandes grupos económicos e dos latifundiários que, sem respeito pelo povo e pelo operariado indefeso lhes sugava o fruto do seu trabalho. Hoje, é urgente unir as forças que nos restam para lutar contra a exploração socialista que engana o povo com mentiras, com promessas de bem-estar e que pôs o país a saque e em estado de sítio condenando os pobres, os remediados, os desempregados e os assalariados à fome e à miséria. Os monopólios e os grandes grupos económicos continuam, os lobbies, e quem dera, hoje, a muitos desempregados terem um patronato reaccionário que lhes desse emprego, lhes pagasse a tempo e horas e não lhes cortasse no salário.
Num cenário de recessão e de naufrágio da economia nada escapa à ganância fiscal deste governo que prometeu benefícios, apoios, empregos, desenvolvimento e um dourado estado social mas que, agora, corta em tudo, cada vez mais e mais, retira apoios, aplica taxas, aumenta impostos, desfaz compromissos, gerando desconfiança, insegurança e anarquia numa espiral de aumento de preços do pão, saúde e habitação e, em geral, de todos os bens de primeira necessidade.
Até os recém-nascidos não escapam a esta catástrofe. Qualquer criança que nasce, aquelas que escaparam ao édito mortífero do aborto, já vem endividada de dentro da barriga da mãe. Nascem já condenadas pelo pecado fiscal original. Que absurdo! Ao que isto chegou! Até estes inocentes, logo que abrem os olhos e entoam o primeiro choro, têm que correr para as Finanças a pedir o cartão de contribuinte, caso contrário não terão direito a uma fralda, a biberão ou uma papa. Este totalitarismo fiscal é uma autêntica tirania, uma perseguição fiscal intolerável e um enorme abuso de poder. Este controle total da vida privada sobre inocentes recém nascidos que não tiveram culpa nenhuma das dívidas contraídas por quem (des)governou antes de nascerem é inadmissível e configura uma verdadeira forma fascista autoritária de política fiscal e económica.
Enquanto isso, é escandaloso que os grandes casos de corrupção, que mancham a honra de quem manda, não sejam igualmente controlados, esclarecidos e resolvidos de forma pública e transparente.
Não há dinheiro para tratar as mães inférteis que queiram ter filhos nem para subsídios à maternidade e abono de família que também sofreram cortes austeros, mas continua a haver dinheiro para abortos às centenas, todos os anos.
O desespero deste governo é tal que, tudo o que mexe tem que pagar imposto para baixar o défice, resolver o endividamento excessivo e todos os desmandos de uma política fraudulenta, incompetente e criminosa.
Não podemos tolerar mais este estado de coisas. É urgente uma revolução a sério, com gente capaz, séria e competente.

Os cenários de recessão, de pobreza e de desemprego que já se sentem e se aproximam a passos largos contrastam fortemente com as encenações festivas e heróicas do governo que, em luminosas acções de propaganda, jura solenemente que “não haverá aumento de impostos”, nem “medidas de austeridade”, nem “despedimentos”, o que demonstra a enorme falta de realismo e seriedade de quem nos governa.