segunda-feira, 24 de maio de 2010

Caso PT/TVI

O que vale uma Comissão de Inquérito?
É hábito, recorrente neste país, fazerem-se Comissões de Inquérito Parlamentar sempre que ocorrem graves atentados, conspirações ou crimes que prejudiquem as Instituições públicas, governantes, magistrados, etc. Sobre o acidente que vitimou Sá Carneiro foram feitas oito Comissões. Os resultados não foram conclusivos e não se conhecem consequências relevantes, credíveis e verdadeiramente úteis para o país. As águas turvas continuaram a correr debaixo das pontes, o rio continuou inquinado e o sonho de vermos águas cristalinas continuou adiado.
Dá a impressão de que não interessa apurar a verdade, mas apenas entreter “o pagode” e esperar que o caso prescreva. Foi o que aconteceu.
A Comissão de Inquérito Parlamentar ao negócio PT/TVI promete um desfecho semelhante. Fazem-se Comissões de Inquérito para nada, a não ser para desperdiçar recursos materiais e humanos, perder tempo e atirar areia para os olhos dos portugueses, fingindo que se fez um excelente trabalho e que nada de grave aconteceu.
A Justiça não funciona, os deputados pretendem usurpar funções que cabem aos tribunais, com objectivos políticos mascarados de Justiça (ou de Justiça mascarados de política), com métodos aparentemente policiais sem preparação, sem instrumentos e sem condições jurídicas. Os verdadeiros polícias que investigaram no terreno, que estavam lá, “na hora, em flagrante”, que apanharam “o suspeito com a boca na botija”, que apresentaram provas e que fizeram o seu trabalho com profissionalismo são desprezados, desvalorizados e o seu trabalho não é considerado credível, porque “é mau de mais para ser verdade e porque toda a gente é inocente”. Depois as entidades máximas da Justiça, que não estiveram no terreno, que não apanharam “em flagrante” e “não viram nada” confirmam que determinado magistrado não tinha competência, que determinada acção não estava validada, etc. e fica tudo na mesma como a lesma, dando a impressão de que certos suspeitos, eternamente suspeitos, estão, superiormente, protegidos.
“Quem vai para o mar avia-se em terra”. Os deputados da Comissão de Inquérito pouco mais fazem do que molhar os pés na espuma da praia mas não podem pôr o pé no barco. Se não podem seguir a rota traçada porque se metem ao caminho? Por tudo e por nada há entraves, impedimentos e inconstitucionalidades e quando toda a gente espera, finalmente, uma conclusão retumbante e clamorosa, fica tudo em águas de bacalhau ou ficamos todos a ver navios.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O governo da crise

O regime da falsidade, da fraude e da mentira
A entrevista ao senhor primeiro-ministro no dia 18 de Maio de 2010, na RTP, confirmou a imagem que a maioria dos portugueses tem vindo a criar acerca do chefe do governo que temos e a própria auto imagem que ele parece ter de si próprio: a descredibilidade total. De forma intuitiva, o primeiro-ministro parece dar a entender que não acredita em si próprio. São muitos os indícios, ao longo dos últimos anos: as enormes suspeitas dos casos em que o seu nome está metido, a licenciatura, as obras na Guarda, a estação de tratamento de resíduos na Cova da Beira, o Feeport e por fim o negócio PT/TVI e ainda as Comissões de Ética e de Inquérito de que é alvo.
A falta de credibilidade parece estar ainda, nas atitudes de quem parece que nunca conhece a situação económica do país, para quem a crise ainda cá não chegou ou já passou, para quem a nossa economia é mais resistente e imune à crise. Outros factores de descrédito são as dificuldades na aprovação do último Orçamento, na apresentação do PEC, as contradições nas decisões sobre as obras públicas, sobre a decisão de aumentar ou não os impostos e a sua total incompetência em resolver os problemas graves da economia, indo a reboque do principal partido da oposição para tomar medidas cujas consequências não consegue prever, nem sabe dizer até quando vão ser precisas.
Por outro lado este primeiro-ministro foge dos jornalistas “como o diabo da Cruz”, nunca se sente à vontade nas entrevistas e os assuntos abordados são previamente seleccionados, o que mostra que não está à vontade para ser interrogado sobre qualquer assunto da sua governação. Um primeiro-ministro assim, limitado e condicionado, não inspira nenhuma confiança nem credibilidade.
Não pede desculpa aos portugueses porque considera que faz tudo bem, cumpre o dever e nunca se sente responsável pela crise que, se existe, veio de fora. Os outros, que não sabe identificar, é que são os responsáveis.
A promessa dos 150 mil empregos mostra bem a ingenuidade e a incompetência dum governo que acaba, praticamente, na bancarrota.
A aprovação de leis polémicas, mas fortemente prejudiciais à moral, como o aborto, o divórcio e o casamento gay são indícios fundadores de uma forma de existência baseada no facilitismo, na irresponsabilidade, na falsidade e numa certa concepção fraudulenta da dignidade humana e dos direitos fundamentais.
Este primeiro-ministro comporta-se como se os resultados das várias Comissões que o investigam já tivessem proclamado o veredicto final com o seguinte teor: “A Comissão de Inquérito Parlamentar à actuação do senhor primeiro-ministro e do Governo no negócio falhado da TVI pela PT concluiu que houve uma clara falta à verdade perante o Parlamento e perante o país. Apurou-se, com toda a clareza, que o senhor primeiro-ministro mentiu. O negócio estava a ser preparado pelos representantes da Goldsharing do Governo na PT e sob as ordens do senhor primeiro-ministro, com o desconhecimento total dos principais responsáveis desta empresa”.
As atitudes de alheamento do senhor primeiro-ministro face à verdadeira realidade do país, as suas constantes hesitações e a sua incapacidade em assumir responsabilidades parecem querer transparecer a ideia de que ele próprio sente que já está no lugar errado há muito tempo, que já não consegue fingir que está determinado e empenhado em governar e que já não acredita em nada do que faz, porque há muito tempo parece adivinhar uma conclusão idêntica à referida acima. Uma conclusão que se tem arrastado demasiado tempo, o que lhe parece causar grande stress e impaciência.
Mais parece uma marioneta animada, uma personagem trágica, num palco caótico, num enredo de falsidades, de fraude e de mentiras. Parece que já está e se sente condenado há muito tempo e por isso parece sentir-se cansado e desgastado de levar uma vida dupla e de pedir a todo o governo e ao partido que continuem a mentir e a fingir que a falsa realidade que criam é verdadeira. Dá a impressão que quer gritar: “Tirem-me daqui!” O país ficar-lhe-ia muito grato.

sábado, 15 de maio de 2010

Onde está o Inferno?

Ainda existe Inferno?
Nas últimas décadas, a humanidade evoluiu prodigiosamente em vários domínios, principalmente no científico-tecnológico, mas, talvez, não tanto no ético-moral.
Aristóteles definiu o homem como “animal racional”, Kant como um “ser ‘numénico’, (transcendente e metafísico) e ‘fenoménico’, (sujeito às leis da natureza),” um ser que comporta o absoluto e o relativo num só, S. Tomás de Aquino como um “ser criado por Deus”, uma “criatura divina por excelência” e Marx e Engels como “aquele que cria as suas próprias condições de vida”.
As características do mundo moderno revelam, claramente, que o homem é o criador de si mesmo, do seu conforto, do seu bem-estar e que nem sempre age com racionalidade, nem se preocupa com absolutos, vivendo no imediatismo e na superficialidade. O materialismo, a laicidade e a neutralidade religiosa tornaram-se os valores oficiais da chamada civilização ocidental. As questões do sobrenatural, do espiritual e do Divino perderam o estatuto que tinham no passado. As noções de bem e de mal inscrevem-se, apenas, no âmbito da vontade e do sucesso ou insucesso puramente humanos e deixaram de ter um alcance transcendente. O Céu e o Inferno são palavras sem grande importância e significado no quotidiano. O paraíso, no mundo moderno, é uma simples conjugação de sensualidades, realização pessoal, profissional e sucesso económico, principais ingredientes da “felicidade” hedonista. O Inferno é a ausência destes requisitos. O tempo da ignorância, da servidão, do sacrifício e da condenação ao trabalho penoso pertence ao passado que poucos conhecem. Por isso, esta era da comunicação e da velocidade só tem um rumo: a prosperidade e o êxito a qualquer preço mesmo que aparente.
Mas esta nossa civilização ocidental cheia de sucessos e de poder parece agora mostrar a outra face da moeda: a crise mundial. O mundo está gravemente doente, afectado por inúmeros males. Do ponto de vista ecológico, os diferentes seres vivos estão ameaçados, do ponto de vista moral, a corrupção inquinou as relações humanas e a sobrevivência dos povos. Do ponto de vista físico e material, os cataclismos naturais, sismos, furacões, tempestades e vulcões parecem associar-se, responder e reagir aos desmandos da agressão humana. As cinzas dos vulcões são como uma epidemia que paralisa o planeta. Parece que o mundo está poluído e inquinado por dentro e por fora.
Diz o povo que “cá se fazem, cá se pagam”, o que significa que Céu e Inferno não existem no “Além”, mas algures, na terra. Se ninguém deve ficar impune, tanto os que fogem à justiça, como os que não são acusados ou os que são injustamente ilibados, onde será o local do castigo, onde será o Inferno para todos esses que, por qualquer motivo, não expiaram os seus pecados? Serão os vulcões as incineradoras do Inferno? O que dirão os cientistas hoje a acreditar no episódio descrito em alguns jornais no fim do séc. XX? Faça o seu juízo lendo o texto seguinte:

CIENTISTAS ENCONTRAM O INFERNO

O acontecimento que vou apresentar tem por base elementos extraídos do jornal Weekley World News, publicado nos Estados Unidos da América em 24· de Abril de 1990, mas as primeiras notícias sobre a descoberta do inferno surgiram nos jornais noruegueses e finlandeses, o que se explica pela circunstância da nacionalidade dos protagonistas.
Em 1989, na região da Sibéria da U.R.S.S., vários cientistas da União Soviética, todos eles comunistas e incrédulos, juntamente com outros de nacionalidades diferentes (na maioria noruegueses) lançaram um empreendimento de perfuração da crosta terrestre, no sentido de investigar e descobrir a forma como se produzem os abalos sísmicos, em termos de poderem ser referenciados antes de ocorrerem e, consequentemente, poderem ser avisadas as respectivas populações para se prevenirem em tempo oportuno.
Para esse efeito, os cientistas colocaram no extremo de um tubo, que fazia parte do equipamento de perfuração, um microfone especial, ligado a um magnetofone colocado à superfície da terra, para registar o barulho proveniente de um deslocamento das Placas Continentais como prenúncio dos sismos.
Todavia, quando o equipamento atingia a profundidade de 16K, onde a temperatura era muito elevada, a coluna de perfuração começou a rodar a uma velocidade máxima, como sinal de que encontrara algo oco e vazio semelhante a um largo poço ou uma caverna. O captor de temperatura de broca assinalava então 1100 graus centígrados.
No entanto, o mais surpreendente aconteceu quando recolheram a broca de perfuração, que fez produzir uma nuvem gasosa, saída da tubagem, da qual saiu a figura de uma criatura com chifres e com olhos perversos e cheios de maldade, criatura essa que então urrou como um animal selvagem após o que desapareceu. Foi tal o horror e pânico causado por esta figura diabólica, que os técnicos e operários ficaram aterrorizados.
Continuando, porém, na pesquisa dos sismos, os cientistas desceram o microfone e depararam com o barulho de uma placa litosférica em deslocamento, ao mesmo tempo que ouviram uma voz uivante de cor. Pensando que fosse alguma deficiência do material, fizeram uma verificação, mas, espantosamente, confirmaram-se as piores suspeitas de que não era apenas uma voz, senão milhões de vozes humanas, que ouviram perfeitamente e fizeram registar em fita magnética.
Diante deste acontecimento, os cientistas encerraram os trabalhos e fecharam o buraco. Era evidente que tinham descoberto algo de sobrenatural, pois o que tinham visto e ouvido não podia enquadrar-se nas coisas humanas. E daí ficou, nitidamente a ideia de terem descoberto o inferno, já que de lá saiu uma figura satânica e ficaram as vozes lancinantes e dolorosas das almas em sofrimento. Saliente-se que o jornal finlandês "Ammenusastia" publica o testemunho do geólogo soviético, Dr. Dimitri Azzacov, que diz:"Como comunista, eu não acredito no Céu nem na Bíblia, mas contudo, como cientista, eu creio agora no inferno. Escusado será dizer que nós estamos chocados por tal descoberta, mas nós sabemos bem o que vimos e ouvimos, e nós estamos absolutamente convencidos que abrimos um buraco (trespassámos) o tecto do inferno".
Outro testemunho resulta do Ministro da Justiça norueguês que, por ocasião das suas férias na Califórnia, durante a quadra do Natal de 1989,ouviu a rádio falar daquele acontecimento, dizendo ter rido a bom rir da ingenuidade dos americanos, ao acreditarem que o inferno estava situado debaixo (dentro) da Terra. Mas de regresso a Oslo, ele fez uma reviravolta de 180 graus, porque em carta de 7 de Janeiro de 1990, dirigida aos seus amigos californianos, dizia-lhes: “Custa-me ainda a acreditar no choque que tive quando regressei à Noruega: Todos os jornais noticiavam o acontecimento! E eu pensei que se há um inferno, eu aí acabarei certamente”.
Mais ainda, o sismólogo Bjarne Nummendal, membro da equipa científica, pediu que não deixassem enterrar a descoberta e acrescentou:
A descoberta destas vozes humanas e também da criatura demoníaca que gritou em Russo – ‘Eu conquistei-vos’ – chocou de tal modo os soviéticos que eles nos ameaçaram de morte se falássemos do caso. Eles deram uma larga quantia de dólares aos estrangeiros para lhes comprar o silêncio sobre o caso. Um condutor russo revelou mesmo que deram droga a todos para lhes esvaziar a memória”.
(Do jornal “A Voz das Misericórdias” publicado por sua vez pelo jornal “O Mensageiro” em 21/03/1991)
Por M. Anastácio