segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Feitiços?

Virou-se o feitiço contra o feiticeiro?
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Liberdade de expressão?

Jornalismo de buraco de fechadura
O senhor primeiro ministro lamentou-se, indignado, contra uma certa forma de fazer jornalismo a que chamou “jornalismo de buraco de fechadura”. Quer isto dizer que certos jornalistas se  terão colocado a espreitar pelo buraco da fechadura para relatar assuntos da sua vida privada, o que é uma infâmia, abusando da liberdade de expressão. De facto, esses tais jornalistas não têm mais nada que fazer senão coscuvilhar e "calhandrar", em vez de relatarem a excelência da governação socialista, o seu eficaz combate à corrupção e a criação, primorosa, de um conjunto de condições de prosperidade económica que fazem com que todos os portugueses vivam felizes e satisfeitos, de tal modo que, de vez em quando, até mostram essa felicidade nas ruas de Lisboa, de uma forma clara e exuberante, sem necessidade de recorrer ao buraco da fechadura?
Mas esta semana houve um caso em que nem foi preciso fazer “jornalismo de buraco de fechadura”. Os jornalistas encontraram uma casa com as portas e as janelas abertas e as luzes acesas há vários dias. Ninguém pode acusar qualquer jornalista de espreitar pelo buraco da fechadura e cometer infâmias. A surpresa foi tal, que até a polícia foi chamada para confirmar que as portas estavam escancaradas. Mas a polícia terá cometido uma grande infâmia: é que entrou dentro da referida habitação, vasculhou a casa toda e retirou de lá uns quilitos de explosivos que, alegadamente, pertenceriam a alguns cidadãos espanhóis. A polícia não terá violado a privacidade destes cidadãos que até nem eram de cá e se encontravam ausentes? Que falta de respeito! Nem esperaram que os inquilinos chegassem e entraram sem pedir autorização! Não seriam aqueles quilitos de explosivos para fazer umas bombas de carnaval, para daqui a uns dias? Que infâmia!