quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Milhões ao desbarato

Democracia esbanjadora e inútil
Esta forma de democracia está desactualizada em relação a tudo o que deve ser o bom senso: é esbanjadora e inútil. Um mero objecto de luxo. Foi pensada para o tempo das vacas gordas e como se nunca houvesse vacas magras. Desde que se implantou a crise que se passou a olhar para as despesas do dia-a-dia com outros olhos e todo o processo de eleições deveria, também, ser alterado. Os milhões que se gastam sempre que há eleições são um atentado a todos os que vivem e sempre viveram na pobreza e a todos os desempregados.
Há pessoas que não têm possibilidades de se alimentarem dignamente, crianças que passam fome, reformados que sobrevivem com uns míseros duzentos euros.
Como é possível permitir-se que se gaste tanto dinheiro inutilmente e ao desbarato, a maior parte das vezes para semear ilusões ou para prometer o impossível?
Hoje, grande parte ou mesmo a maioria da população sabe ler e tem acesso aos meios de comunicação social mais comuns, a rádio e a televisão, por que não limitar as campanhas eleitorais a um conjunto de comunicados, debates com todos os candidatos e outro tipo de informação prestada aos cidadãos? Gastar tanto dinheiro em campanhas é tomar o povo como analfabeto e inculto.
Todos os partidos deveriam ser considerados iguais, com tempo de antena igual. O passado não deveria ser critério para o futuro. Cada eleição é uma renovação, é um começar de novo. Se os partidos são favorecidos, monetariamente, em função dos votos conseguidos no passado, já estão em vantagem em relação a um partido que apareça pela primeira vez. Ninguém garante que este não seja melhor do que o outro. Esta seria a verdadeira democracia, justa e igualitária. Se avaliarmos os partidos pela maior exuberância demonstrada, quem nos diz que os que dão sinal de maior vitalidade não são como as ervas daninhas que crescem mais e são mais viçosas do que as plantas cultivadas? Em geral as ervas daninhas roubam e consomem os nutrientes que o agricultor coloca na terra para alimentar a boa semente, ficando esta, muitas vezes a definhar. Parece-me que com os partidos mais gastadores acontece o mesmo.